sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O Evangelho

Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto.
Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 
2 Coríntios 4:2-7


A igreja é o corpo de Cristo, coluna e baluarte da verdade, sal e luz da terra. Ou seja, a nós não é somente dado o conhecer dos mistérios do Reino dos Céus, mas também o dever de pregar o evangelho.  Lembro-me de Paulo dizendo que a ele era imposta a pregação deste, e ai dele se não o fizesse.

Hoje eu me vejo longe deste constrangimento; ai de mim se não pregar o evangelho. Comentei com alguns irmãos esses dias, que eu não sei em que momento da história da igreja se tornou mais conveniente pregar para os crentes. Está muito distante de nós a urgência da salvação à todo homem através do Caminho que é Jesus, e do pleno conhecimento da verdade, através da palavra de Deus.

Nosso contexto atual é o chamado evangelho do reino, que prega o estabelecimento do reino de Deus na terra (até mesmo antes da volta de Cristo), ou melhor, a substituição de uma ordem governamental,  a cura das mazelas do mundo através da igreja, e a supervalorização do nosso dever social. Mas esquecendo-se do real chamado e ministério da igreja, que é a pregação do evangelho. Ainda que a parábola do bom samaritano continue valendo, sendo um conselho de Jesus, e o amor ao próximo não esteja descartado, porque o próprio Jesus se colocou no lugar dos necessitados dizendo que, se nós os acolhêssemos estaríamos fazendo-o diretamente a ele. Este comportamento deve ser cotidiano, sem supervalorização. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Mt 6:3

 Citamos atos 2: 42 que diz que os irmãos perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, e no partir do pão. Mas a doutrina dos apóstolos era Cristo crucificado. Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. 1 Coríntios 1:21-24 

Ainda com toda a concordância da palavra de Deus, de que Cristo deve ser pregado para a remissão dos pecados e para salvação, esbarramos em algumas dificuldades.  Como por exemplo, céu e inferno. Simplesmente esse assunto é constrangedor, difícil de abordar. A condenação da palavra, ou do conceito inferno é humanamente injusta. Mas real. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:16  Só que, mais do que pregar sobre o inferno, nós devemos anunciar os céus. Devemos lembrar da salvação, da eternidade na presença de Deus, e na graça para o hoje.

São muitos textos que eu poderia citar, e muitas ideias que poderia expor, mas  lembremos que somos cristãos, e isto implica em crermos na verdade que é a bíblia, palavra de Deus infalível e poderosa. E que a salvação vem apenas através de Jesus, ou melhor, o Jesus da bíblia.  Que é o Filho de Deus, o Caminho, a Verdade e a Vida. Lembrando que ninguém vai ao Pai senão por ele, ou melhor, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu na cruz.  Na graça que paira sobre a igreja, na bondade e na misericórdia, no perdão dos pecados, na restauração do homem, na libertação dos cativos, na nossa reconciliação com Deus. Pregar sobre essas coisas é o mais próximo da função principal da igreja. Eu, particularmente não sei qual sejam as melhores técnicas de abordagem, mas sei pelas escrituras que ele deve ser anunciado. Ainda que o Deus deste século tenha cegado o entendimento dos incrédulos, ninguém ouvirá de Cristo se ele não for pregado. 

Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões.
Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.
Filipenses 1:15-18


Paz a todos!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Deixe o evangelho ser puro!

Sempre tive aversão por autenticidade. Na verdade, tenho aversão do que se compreende por autenticidade. O atual conceito de autêntico depende de uma eleição injusta da sociedade. Nós elegemos aquilo que, hoje, faz sucesso e é estranho, ou diferente, e dizemos que aquilo é autêntico. Entendemos hoje por autêntico aquilo que é (momentaneamente) aceitável.
Algo que quebra algum paradigma pra nós é autêntico. Alguém bizarro ou mal educado.  O humor descontrolado, as verdades sem papas na língua, ou nas letras. -“Nossa, amei, super autêntico!” Dizemos nós diante daquilo que nos é oposto.  Lutamos hoje por uma autenticidade, uma originalidade, um jeitinho ímpar, tudo pra sermos aceitos de alguma forma.
De tempos em tempos a mentalidade da unanimidade muda completamente. E lá vamos nós, correr atrás do tempo perdido. Queria alertar que isso é um erro em grande escala, em qualquer esfera da vida humana. Olho hoje pra mim, e penso que perdi muito tempo tentando me enquadrar em alguns moldes. O pior é que aparentemente nós não temos escolha, mas gostaria de esclarecer que sim.
Olha o que o dicionário diz sobre autenticidade: “Entende-se por autenticidade a certeza de que um objeto (em análise) provém das fontes anunciadas e que não foi alvo de mutações ao longo de um processo.”
Segundo essa informação, me pergunto, mesmo assim, por que gostamos tanto de adulterar algumas verdades, ou sentidos? Por que aquilo não é bom sendo aquilo mesmo? Irônico, quando algumas vezes fazemos sérios apelos por mudanças, mas chegamos à conclusão de que o melhor é a pureza das coisas.
Uma adulteração frequente é o evangelho. Como gostamos de adulterá-lo, de interpretá-lo de qualquer forma, e de usá-lo contra alguém, ou a nosso benefício. Mas oramos por conhecer a Jesus e fazê-lo conhecido. Desejamos a evangelização mundial, do nosso evangelho particular, da parte que nos é sagrada das escrituras. Mais uma vez, eleição injusta!
Mesmo que a história da igreja nos mostre que a bíblia como a conhecemos tenha sofrido os seus processos de mutação, bem sabemos, sem dúvidas, que a mensagem por ela anunciada é imutável e autêntica, no melhor sentido da palavra. O livro que revela o mestre pode ser o melhor exemplo pra definir autenticidade.
Autenticidade... Bobagem, hoje em dia tudo é tendência, e tendência passa. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Mateus 24:35
Sabe gente, O evangelho é imutável, autêntico, único mesmo! Nenhuma historinha de crianças se compara a ele. Nenhuma mera semelhança histórica pode substituí-lo. Nenhuma preferência ideológica pode vencê-lo. Isso sim, é autenticidade. Deixe o evangelho ser puro nos nossos dias.  

Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Isaías 55:11

quinta-feira, 26 de março de 2015

Eu Ouvindo Música

Estive ouvindo ontem uma canção bem conhecido no meio cristão que convivo, e me peguei curiosa com uma questão.
Falávamos da cruz, um amigo e eu, na semana passada, e isso me marcou muito. O entendimento errado que temos hoje em dia daquela que foi o instrumento da nossa salvação.
A música nos incentivava a darmos nosso coração, alma e força pra Deus.
Naquela hora eu parei e pensei, tá muito errado esse apelo.
A bíblia diz que nós devemops amar a Deus de todo o coração, alma e força(Dt 6:5), e não que devemos ofertar isso como se fosse algo banal. Fiquei pensando em todos os apelos de ofertas que nós fazemos em nossas igrejas, ou nos nossos quartos a sós com Deus, que são totalmente desnecessários. Fiquei pensando o quanto nos esforçamos pra sermos aceitos por um Deus que nem conhecemos direito.
Fiquei pensando, o que devemos, realmente ofertar a Deus? Por que nosso tributo a ele, diz, no fundo, que aquilo que lhe damos, faz de nós dignos?
Cheguei à conclusão que pouco conhecemos da graça. Porque respondemos à esses apelos como se Deus os aceitasse.
Amar a Deus de todo o coração, de todo alma e de toda força, anda junto com oferecer-se a Ele como sacrifício vivo, santo e agradável. Mas o que nos faz aceitáveis a Ele é Cristo. O que nos faz dignos é o seu sangue.
Foi o sacrifício que Ele pagou na cruz que nos permitiu acesso ao Pai. Foi o apelo que Deus fez, e ele mesmo respondeu, foi que deu sentido à nossa palavra.
Fiquei pensando, quero obedecer! Isso basta, é viver por graça, e da fé!
Paz à todos!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Em Um Ano

Em um ano na minha vida mudaram muitas coisas. Faz um bom tempo que não compartilho nada com vocês leitores, mas me sinto moralmente obrigada a postar um breve testemunho.
Há um ano eu estava tentando retornar à escola, com coração na mão tentando uma vaga. 
Há um ano eu estava procurando emprego, o bolso vazio aguardando uma oportunidade. 
Há um ano eu iniciava um namoro, cheia de medos e inseguranças. 
Há um ano meus pensamentos sobre mim me obrigavam a pensar em outra coisa.

Em um ano eu passei por uma escola de ensino médio, e um cursinho pré vestibular.
Em um ano eu entrei como estagiária numa clínica, fui efetivada, e daqui a pouquinho fecho um ano de casa.
Em um ano meu relacionamento com meu namorado deu um salto inimaginável. Continuamos como namorados, mas somos muito mais que amigos. Sabemos que é de Deus.
Em um ano meus pensamentos mudaram, eu acredito em mim!

Meu plano era terminar a escola, guardar dinheiro e me organizar para o próximo plano. 
O que aconteceu: Passei no ENEM, tô aguardando vaga na Federal do RS, minha casa mudou, e eu continuo com o coração na mão, aguardando os próximos capítulos.

Conversava ontem com uma amiga, e ela me disse coisas sábias. Disse que visto de fora, tudo isso parece bobagem, mas pra nós é mais que realização. Só nós sabemos ao certo como foi o tempo de 365 dias que este um ano repersentoue exigiu. Só nós sabemos os bastidores das empreitadas que vivemos. 
E outra coisa que só nós sabemos é que o Senhor em tudo é bom, e faz belas todas as coisas. 
E ainda que eu ache que 2014 não tenho sido o ano mais espiritual da minha vida, eu bem sei que,foi o ano em que todas as coisas que eu tenho orado nesses últimos seis anos de caminhada começaram a acontecer.
E mais do que isso, eu sei quem moveu todas essas coisas. E se não foio Senhor eu rejeito todo o progresso, todas as propostas, e renuncio à toda e qualquer expectativa. Só quero o que é dele.

Essa semana ele falou ao meu coração que eu deveria confiar nele, que ele tinha coisas melhores pra mim. Amém. 
Como disse antes, aguardando os próximos capítulos.
E ainda que eu deva tudo isso ao Pai, queria agradecer à família que ele me deu, tanto a de sangue, quanto a da fé. Amo todos vocês.

Bom, não é um texto pra edificação. Mas um ponta pé inicial pra que cada um de nós medite na virada que foi esse último ano na vida da igreja. Em um ano, o que aconteceu na sua vida?  

Paz à todos!