terça-feira, 26 de novembro de 2013

Me Dê Uma Carta de Natal!

Falta um mês para o natal. Há muito tempo as pessoas se preparam para as festas de fim de ano. E há muitos anos não tenho me entusiasmado com o clima de virada. Na verdade, minhas datas preferidas do ano são o carnaval e 20 de setembro.
Por favor, você que é cristão, não se assuste. Digo isso porque gosto da agenda da igreja nessas datas. Mobilizações de oração e vigílias serão sempre minhas atividades mais estimadas.
Mas por que o espírito de fim de ano não é tão influente na minha vida hoje? Simplesmente, porque eu cresci. Não sou mais criança. Não acredito mais em papai noel. Não creio mais na mentira de que basta virar a meia noite para que tudo mude. Nada muda. Os dias são todos iguais. Não é uma data pré estabelecida que faz nossa felicidade. Mas, sim, todos os dias "anônimos" que a antecedem. E isso poucos comemoram.
Mas deixando esse ar melancólico de lado, voltemos ao natal. Chega essa data e nos preocupamos com a ceia, em reunir a família, em comprar os presentes de todos. E quando chega essa última parte, o medo de desagradar com a nossa escolha é aterrorizante. Eu mesma poderia listar aqui os vários presentes que ganhei e odiei. Também posso listar os presentes que dei e não causaram o efeito desejado. Muitas são as histórias. E esse quadro é geral. E esse será mais um ano que, provavelmente, passarei com minha mãe.
Fiquei pensando na resposta que darei quando ela me perguntar o que eu quero. Na verdade não tenho desejado nada nos últimos dias. E isso é meio estranho. Todos querem algo, menos eu. Não quero roupa, acessório, livro, eletrônico, dvd, nem dinheiro, nem nada. Eu não quero nada de natal. Isso até semana passada.
Sexta feira foi o fim da melhor série de tv que o Brasil já produziu. A segunda temporada de Sessão de Terapia  me conquistou. E, direi o óbvio, me identifiquei com os dramas dos personagens e do próprio terapeuta.
O momento mais incrível da série foi quando Theo ganha um quadro. Um retrato que uma vizinha fez. Achei isso demais! Ele demorou quase a semana toda pra abrir o presente. Isso por medo de se ver sob a perspectiva alheia. Achei mais legal ainda! rsrs
Não pude deixar de associar essa curiosidade com a questão do meu presente de natal. Seria bom ter a mesma experiência de Theo. Mas infelizmente, ou não, nem todos os meus amados são artistas plásticos.
Depois dessas coisas decidi o dilema a respeito do meu presente. Eu quero, sim, ganhar algo.
 Há muito tempo tenho pensado nessa hipótese. E acho que chegou a hora de abrir o jogo.
Eu amo os livros bíblicos de Timóteo. Simplesmente porque é um pai escrevendo para um filho. Simplesmente porque, ali Paulo aconselha a igreja em muitas situações, mas principalmente a Timóteo, seu verdadeiro filho na fé. Tantos momentos em que vemos as seguintes palavras: à igreja faça isso, mas tu, meu filho, (basicamente) anima-te.Isso é lindo!
Trocas de carta são sempre inspiradoras. Há tempos tem sido o modo mais emocionante de comunicação. Isso a meu ver.Então decidi que quero uma carta.
Uma carta com tema livre sobre mim.Você pode falar do meu cabelo, das minhas roupas, do meu gosto literário, do meu gosto musical, da minha eterna paixão por comédia romântica. Das minhas manias, da minha vida em geral, de qualquer área específica, sei lá, o que quiser. Se Deus lhe der alguma palavra pode ser também. Mas só se DEUS DER alguma palavra.
Restrições? As seguintes: não quero ler algo do tipo "você é um amor", "te amo em Cristo", "Deus te abençoe com toda sorte de bênçãos."Não recebo profecia acerca de relacionamentos. O único ser humano que pode intervir nessa área é o meu pastor. Mais ninguém. Pode falar mal de mim. Quero toda sua opinião a meu respeito.
Não tem limites de palavras. Aliás, eu adoraria ler muitas e muitas páginas de uma única pessoa. Inspire-se. Seja verdadeiro e sincero.
E isso não é pra ser bonitinho. Não é brincadeira. Eu quero uma carta sua. Uma declaração de como você me vê. De como você me sente.
Aos que tem a possibilidade de me entregar essa carta, eu peço um manuscrito. Aos amigos distantes, um email serve.
O mais importante dessa história toda, talvez ninguém tenha percebido.Todos sairão felizes desta experiência.Você já sabe o que eu quero de natal. E eu sei que, independente do conteúdo, será, se Deus quiser, o meu melhor presente de todos os tempos!
Você tem pelo menos um mês para preparar o meu presente. Vamos lá! Me de uma carta de natal! :)